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domingo, 8 de fevereiro de 2009

Carnaval, Festa para Crente

Pensando Nisso
Por: Luiz Carlos Menezes

O Carnaval surge, no século XI, a partir da criação da Semana Santa pela Igreja Católica, que antecede quarenta dias de jejum, a Quaresma. Esse longo período de privações acabaria por incentivar a reunião de diversas festividades nos dias que antecediam a Quarta-feira de Cinzas, o primeiro dia da Quaresma.

Em contraste com a Quaresma, tempo de penitência e privação, estes dias são chamados "gordos", em especial a terça-feira (Terça-feira gorda, também conhecida pelo nome francês Mardi Gras), último dia antes da Quaresma.

O Carnaval é um período de festas regidas pelo ano lunar no Cristianismo da Idade Média. Este período é marcado pelo "adeus à carne" ou "carne vale" dando origem ao termo "Carnaval".

Evangélicos, na sua maioria, no período carnavalesco, vão para retiros ou acampamentos, com o intuito de renovarem suas forças longe do pecado pulsante que nesta época aflora em todas as ruas da cidade.

Parece contraditório.

No momento que a cidade mais precisa de oração e ação dos evangélicos, eles assinam embaixo a entrega das chaves para o Rei Momo, que durante o Carnaval vai reinar.

Desaparecem.
Poucos grupos ficam na meio da carnalidade mostrando que a vida não se resume a homens vestirem-se de mulheres e mulheres mostrar tudo que não mostram nos seus dias rotineiros.

Falta puritanismo exacerbado? Ou fundamentalismo?
Ou falta coragem?

Ou não estamos preparados para gritar aos quatro cantos as mudanças que Cristo fez em nossas vidas. Não só no Carnaval, mas nos outros dias...

Diria que acabamos sendo cúmplices
.
Cúmplices por omissão.

Sempre é mais fácil não fazer.

É mais simples escrever algumas linhas condenando todos.

É cômodo ir para algum lugar distante e retirado para não presenciar aquilo que deveria estar tentando impedir.

Ninguém vai conseguir consertar o mundo todo. Muito menos ser correto o bastante para poder condenar qualquer pessoa. A religiosidade plantonista dos domingos, ruge durante 52 dias do ano, dentro de seus templos contra o pecado. No entanto, não servem de exemplo nos outros dias do ano.
A culpa não é só de quem no período carnavalesco exibe seu corpo, faz sexo indiscriminadamente ou bebe até cair.

A carne já tem inclinação para o mal. Como Paulo bem escreveu, o mal que não quero faço e o bem que devia, não faço. Cabe a todos nós, supostamente salvos por Jesus, tendo Ele como Senhor de nossas vidas nos outros dias do ano mostrar uma perspectiva de vida diferente para os carnavalescos.
Mostrar que somos diferentes pelo que acreditamos e vivemos.

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